sábado, 23 de fevereiro de 2013

Viagem a Londres




           Sempre quis conhecer Londres, grande capital europeia, cheia de museus, monumentos, parques, teatros, praças, livrarias. Cidade onde várias bandas de rock se formaram, como, por exemplo, o Dire Straits.
Vestindo uma blusa de gola rolê vermelha e calça de moletom cinza pego um táxi e vou para o Galeão, de onde voo para a capital britânica. 
          Que  felicidade incrível passear nas margens do Tâmisa mesmo com o dia frio e nublado! Maravilhada, vejo o Palácio de Buckingham, a imponente Abadia de Westminster, templo de coroação e casamento de reis e rainhas, o  Parlamento inglês , o famoso Big Ben e a magnífica Tower Bridge, os ônibus de dois andares.
Percebo como é diferente andar numa cidade tomada pela aura misteriosa do fog e que inspirou vários mestres como Connan Doyle e Dickens, que retratou o lado industrial e pobre da cidade como ninguém.
Vou a museus de Londres como a Tate Modern, onde fico intrigada com a arte contemporânea, e a fantástica National Gallery, por onde dou um passeio pela história da arte, indo do barroco ao impressionismo.
De quebra, ando pela Trafelgar Square, praça histórica no centro de Londres e cenário da canção Lions, da banda Dire Straits, uma das minhas paixões desde a adolescência . Estou feliz como nunca!!!
Vou até a Charing Cross Road procurar livros de Shakespeare, Keats e Henry James e a percorro como uma criança numa loja de brinquedos. No fim da tarde, paro numa casa de chá londrina. Tudo é muito chique: mesas redondas com toalhas brancas de linho e porcelana chinesa. Tomo o tradicional chá das cinco e me delicio com bolinhos com creme.
Passei também pela Piccadilly Circus e seu show de letreiros, bares e pela Shaftesbury Avenue citada na bela canção Wild West End e tomei uma coca-cola servida por uma garçonete misteriosa.
Falta ir à Deptford para continuar a viagem pela história do Dire Straits.
          Lá chegando, vivo o momento mais emocionante da viagem ao ver o prédio com fachada de tijolos onde a banda deu seus primeiros passos na dura estrada para fazer sucesso. Edifício mágico e mitológico onde Mark Knopfler, John Illsley, David Knopfler e Pick Withers moravam e também ensaiavam freneticamente.
Minha imaginação voa longe e volta a 1977...
A banda toca Down to Waterline e em seguida Sultans of Swing. Solos fascinantes que me fazem viajar... Vestido de azul, Mark extrai da fender vermelha notas mágicas que enchem a alma de alegria e prazer e revelam a sintonia perfeita com o irmão David, que o acompanha na guitarra base. De camisa preta, John dita o ritmo da canção arrasando no baixo e Pick, de branco, com batidas perfeitas na bateria, dá ao conjunto o swing necessário para ganharem o mundo e darem a volta por cima.
Meu coração salta do peito ao vislumbrá-los tão de perto. “Meus ídolos estão aqui!! Nem acredito!!!,” penso. Queria falar com eles, mas a emoção é tanta que as lágrimas encharcam meu rosto e me calo para não quebrar um momento tão sagrado e irritar Mark. Nervos à flor da pele...
Nesse exato momento, acordo no meu quarto cheio de livros e cds.

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