quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Filme O lado bom da vida

Fui ver ontem o filme O lado bom da vida, de David O. Russell com Bradley Cooper e Jennifer Lawrence.
O filme narra a história de Pat (Bradley Cooper), um bipolar obcecado pela ex-mulher e que luta para reconstruir sua vida ao lado dos pais e de Tiffany (Jennifer Lawrence).
O filme é bem feito e Jennifer Lawrence mereceu o Oscar de melhor atriz ao interpretar uma mulher também atormentada. De Niro está muito bem como o pai de Pat e é uma das atrações da película
 Mas o filme não é pesado e mostra que é possível recomeçar. Vale a pena ir ao cinema para assisti-lo exatamente por essa mensagem de esperança.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Tradução da letra de Why worry


Olá, pessoal, 
Publico abaixo a tradução de uma das minhas letras preferidas do Dire Straits, a canção ''Why w

Why worry
(Mark Knopfler)


Baby I see this world has made you sad
Some people can be bad
The things they do, the things they say
But baby I'll wipe away those bitter tears
I'll chase away those restless fears
That turn your blue skies into grey

Why worry, there should be laughter after the pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now

Baby when I get down I turn to you
And you make sense of what I do
I know it isn't hard to say
But baby just when this world seems mean and cold
Our love comes shining red and gold
And all the rest is by the way

Why worry, there should be laughter after pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now


Por que se preocupar?

Querida, vejo que o mundo tem deixado você triste
Algumas pessoas são más
As coisas que fazem, as coisas que dizem
Mas, querida, vou enxugar essas lágrimas amargas
Vou afastar esses medos inquietantes
Que fazem o céu azul ficar cinza

Por que se preocupar? Deve haver riso depois da dor
Deve haver sol depois da chuva
Essas coisas são sempre assim
Então por que se preocupar agora?

Querida, quando me deprimo me volto para você
Há sentido no que você faz
Sei que não é difícil falar
Mas, querida, quando esse mundo parece mesquinho e frio
Nosso amor vem brilhar vermelho e dourado
E todo o resto é secundário


Por que se preocupar? Deve haver riso depois da dor
Deve haver sol depois da chuva
As coisas são sempre assim
Então por que se preocupar agora?

Abaixo, segue o link para a minha versão preferida de Why Worry:
http://www.youtube.com/watch?v=DiGPWbYd8NA



sábado, 23 de fevereiro de 2013

Viagem a Londres




           Sempre quis conhecer Londres, grande capital europeia, cheia de museus, monumentos, parques, teatros, praças, livrarias. Cidade onde várias bandas de rock se formaram, como, por exemplo, o Dire Straits.
Vestindo uma blusa de gola rolê vermelha e calça de moletom cinza pego um táxi e vou para o Galeão, de onde voo para a capital britânica. 
          Que  felicidade incrível passear nas margens do Tâmisa mesmo com o dia frio e nublado! Maravilhada, vejo o Palácio de Buckingham, a imponente Abadia de Westminster, templo de coroação e casamento de reis e rainhas, o  Parlamento inglês , o famoso Big Ben e a magnífica Tower Bridge, os ônibus de dois andares.
Percebo como é diferente andar numa cidade tomada pela aura misteriosa do fog e que inspirou vários mestres como Connan Doyle e Dickens, que retratou o lado industrial e pobre da cidade como ninguém.
Vou a museus de Londres como a Tate Modern, onde fico intrigada com a arte contemporânea, e a fantástica National Gallery, por onde dou um passeio pela história da arte, indo do barroco ao impressionismo.
De quebra, ando pela Trafelgar Square, praça histórica no centro de Londres e cenário da canção Lions, da banda Dire Straits, uma das minhas paixões desde a adolescência . Estou feliz como nunca!!!
Vou até a Charing Cross Road procurar livros de Shakespeare, Keats e Henry James e a percorro como uma criança numa loja de brinquedos. No fim da tarde, paro numa casa de chá londrina. Tudo é muito chique: mesas redondas com toalhas brancas de linho e porcelana chinesa. Tomo o tradicional chá das cinco e me delicio com bolinhos com creme.
Passei também pela Piccadilly Circus e seu show de letreiros, bares e pela Shaftesbury Avenue citada na bela canção Wild West End e tomei uma coca-cola servida por uma garçonete misteriosa.
Falta ir à Deptford para continuar a viagem pela história do Dire Straits.
          Lá chegando, vivo o momento mais emocionante da viagem ao ver o prédio com fachada de tijolos onde a banda deu seus primeiros passos na dura estrada para fazer sucesso. Edifício mágico e mitológico onde Mark Knopfler, John Illsley, David Knopfler e Pick Withers moravam e também ensaiavam freneticamente.
Minha imaginação voa longe e volta a 1977...
A banda toca Down to Waterline e em seguida Sultans of Swing. Solos fascinantes que me fazem viajar... Vestido de azul, Mark extrai da fender vermelha notas mágicas que enchem a alma de alegria e prazer e revelam a sintonia perfeita com o irmão David, que o acompanha na guitarra base. De camisa preta, John dita o ritmo da canção arrasando no baixo e Pick, de branco, com batidas perfeitas na bateria, dá ao conjunto o swing necessário para ganharem o mundo e darem a volta por cima.
Meu coração salta do peito ao vislumbrá-los tão de perto. “Meus ídolos estão aqui!! Nem acredito!!!,” penso. Queria falar com eles, mas a emoção é tanta que as lágrimas encharcam meu rosto e me calo para não quebrar um momento tão sagrado e irritar Mark. Nervos à flor da pele...
Nesse exato momento, acordo no meu quarto cheio de livros e cds.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Nota sobre Flamengo e Botafogo e nova música da torcida rubro-negra

Muito boa a atuação do Flamengo ontem na vitória contra o Botafogo.
Hernane continua com estrela, marcando o gol da vitória na hora certa João Paulo,  Ibson, Elias, Rodolfo e Rafinha estão em ótima fase e vem dando nova cara ao time. O Carlos Eduardo jogou muito pouco. Seria injusto avaliá-lo. O Felipe fez boas defesas, deu conta do recado quando o time precisou. Pena os gols perdidos na cara do gol por Ibson e Rodolfo.
Agora é cumprir tabela contra o Olaria e vencer Bacalhau ou Bota na semifinal.
Gostei da nova música da torcida do Flamengo: uma nova versão da música Viva la vida, do Coldplay:
http://www.youtube.com/watch?v=fIxNlSxbByM&feature=youtu.be

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Tradução da letra de Wild West End


WILD WEST END
(Mark Knopfler)
Stepping out to Angellucci's for my coffee beans
Checking out the movies and the magazines
Waitress she watches me crossing from the Barocco Bar
I'm getting a pickup for my steel guitar
I saw you walking out Shaftesbury Avenue
Excuse me for talking I wanna marry you
This is the seventh heaven street to me
Don't be so proud
You're just another angel in the crowd
And I'm walking in he wild west end
Walking with your wild best friend

And my conductress on the number nineteen
She was a honey
Pink toenails and hands all dirty with money
Greasy hair easy smile
Made me feel nineteen for a while
And I went down to Chinatown
In the backroom it's a man's world
All the money go down
Duck inside the doorway gotta duck to eat
There's no way
You and me we can't beat

And a gogo dancing girl yes I saw her
The deejay he say here's Mandy for ya
I feel alright to see her
But she's paid to do that stuff
She's dancing high I move on by
The close ups can get rough
When you're walking in the wild west end

Proposta de tradução:

Louco West End

Saindo para ir  ao Angellucci's para comprar café
Dando  uma olhada nos cinemas e revistas
A garçonete me observa ao cruzar o Barroco Bar
Estou arranjando  um captador para minha steel guitar
Vi você andando pela Shaftesbury Avenue
Desculpa eu falar: Quero me casar com você
Essa é a  rua do sétimo céu para mim
Não seja tão orgulhosa
Você é apenas outro anjo na multidão
Estou andando no Louco West End
 Andando com seu melhor amigo louco

E a minha condutora do número dezenove
Ela era um doce
Com unhas do pé pintadas de rosa e as mãos todas sujas de dinheiro
Cabelo engordurado e sorriso fácil
Ela me fez sentir com dezenove anos por um momento
E fui para Chinatown
A dependência dos fundos  é o mundo do homem
Todo o dinheiro acabou
O pato na entrada tem pato para comer
Não tem jeito
Eu e você não podemos superar isso

E a dançarina de boate, sim  eu a vi
O DJ diz: Aqui está a Mandy para você
Eu me sinto bem em vê-la
Mas ela é paga para fazer isso
Ela está dançando lá no alto e eu saio
Fazer uma aproximação pode se tornar difícil
Quando se está andando pelo louco West End


Notas: West End é uma região de Londres com intensa vida cultural.

Steel guitar é um termo inglês que abrange as pedal steel guitars, as lap steel guitars e o dobro, o violão que aparece na capa do álbum Brothers in arms e usado por Mark Knopfler nas canções ''Romeo and Juliet'' e ''Wild West End''.

 



domingo, 10 de fevereiro de 2013

Tradução da letra de Down to the waterline


Pessoal, publico abaixo a tradução da canção ''Down to the waterline'', do primeiro álbum do Dire Straits.



DOWN TO THE WATERLINE
(Mark Knopfler)
Sweet surrender on the quayside
You remember we used to run and hide
In the shadow of the cargoes I take you one time
And we're counting all the numbers down to the waterline
Near misses on the dogleap stairways
French kisses in the darkened doorways
A foghorn blowing out wild and cold
A policeman shines a light upon my shoulder

Up comes a coaster fast and silent in the night
Over my shoulder all you can see are the pilot lights
No money in our jackets and our jeans are torn
Your hands are cold but your lips are warm

She can see him on the jetty  where they used to go
She can feel him in the places where the sailors go
When she's walking by the river and the railway line
She can still hear him whisper
Let's go down to the waterline


Descer para a linha d’água

Doce rendição no quayside (beira do cais)
Lembra que costumávamos correr e nos esconder
Na sombra das cargas eu te levo uma vez
Estávamos contando os números abaixo da linha d’água
Quase nos perdíamos na escada  dogleap[1] 
Beijos de língua nas soleiras escuras
Uma buzina de nevoeiro soando barulhenta e fria
Um policial acende uma luz sobre o meu ombro

Surge um navio de cabotagem veloz e silencioso na noite
Acima do meu ombro tudo que se podia ver eram as luzes do piloto
Não tem dinheiro na nossas jaquetas e nosso jeans está rasgado
Nossas mãos estão frias, mas nossos lábios estão cálidos

Ela pode vê-lo no píer onde costumavam se encontrar
Ela pode senti-lo nos lugares aonde os marinheiros vão.
Quando está andando ao lado do rio ou da linha do trem
Ela ainda pode ouvi-lo sussurrar vamos descer até a linha d’ água





 Nota:


Pelo que pesquisei o termo dogleap se refere ao nome de uma escada em Newcastle, cidade onde Mark Knopfler morou na infância e adolescência. Essa escada em pedra  liga o castelo de Garth ao Side da cidade.
Quem quiser saber mais sobre a escada e a história de Newcastle pode dar uma olhada nos links abaixo:
http://newcastleupontynedailyphoto.blogspot.com.br/2006/04/dog-leap-stairssign.html
http://www.oldnewcastle.org.uk/history

No vídeo abaixo, dá para ver uma mulher descendo a escada:
http://www.youtube.com/watch?v=MB-afec8Q7w


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Flamengo X Friburguense

Fiquei feliz em ver a atuação do Flamengo ontem na goleada contra o Friburguense. 
O Hernane teve presença de espírito ao aproveitar a falha do goleiro ao marcar o primeiro gol e também se posicionou bem e se antecipou ao zagueiro ao aproveitar o lindo passe do Rafinha no segundo. Ibson, que voltou a jogar bem, deu um ótimo passe para o novo camisa 11 do Flamengo marcar um golaço por cobertura. Rafinha aprontou de novo e deu um passe maravilhoso para o Cléber Santana marcar o quarto gol. Gostei também da atuação do João Paulo.
Sei que o time ainda tem muito a melhorar, que falta um camisa 10 e mais um atacante para o lugar do Love, mas fiquei esperançosa pela performance de Ibson, Rafinha e Hernane contra o Vasco e Friburguense. O legal é ver que o Rafinha não está deslumbrado apesar dos gols que marcou e das lindas jogadas que fez nos últimos jogos. Vamos esperar a estreia dos novos reforços Gabriel e Carlos Eduardo para ver a cara do time titular rubro-negro em 2013. 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Contos de aprendiz: meu primeiro contato com Drummond




          Carlos Drummond de Andrade é mais conhecido pela “face” de poeta. Mas meu primeiro contato com a obra do grande escritor mineiro ocorreu pelos contos, lidos ainda na escola, na minha adolescência.
            Li o conto “O sorvete” em uma antologia escolar, gostei do texto e por indicação de uma professora li todo o livro Contos de aprendiz no qual está incluído o referido conto. Nessa narrativa, um menino do interior aproveita a folga do internato para passear pela cidade atraído pelo cinema — paixão drummondiana—, mas acaba indo a uma confeitaria tomar sorvete.
No primeiro conto do livro, “A salvação da alma”, a trama da narrativa gira em torno da relação conturbada entre dois irmãos.
            No conto “Presépio”, profano e sagrado se misturam na vida pacata da moça do interior.
            No magistral “A doida”, Drummond trata da exclusão social de uma senhora considerada louca numa história cujo final surpreende e emociona o leitor.
            Em “Câmara e cadeia”, Drummond aborda questões atuais como impostos inúteis e as más condições dos presídios.
´          Em “Beira-Rio”, Drummond retrata a opressão aos trabalhadores de uma companhia numa cidade do interior.
            Em ”Meu companheiro”, o leitor pode se encantar com a bela relação entre um homem e seu cãozinho.
            Em “Flor, telefone, moça”, Drummond faz o leitor enveredar por uma história de morte e mistério.
Em “A baronesa”, o tema é a ganância de uma família na hora da morte de um parente.
Em “O gerente”, Drummond mostra o lado cruel do ser humano.
Em seguida, o conto “Nossa amiga” suaviza o clima da história anterior e mostra a delicadeza drummondiana de tratar a criança.
Em “Miguel e seu furto”, o personagem usa de autoritarismo para roubar o que não é dele.
Em “Extraordinária conversa com uma senhora das minhas relações”, Drummond cita Valery num conto criativo e moderno, rico em descrições e pensamentos do narrador e rompe com as convenções do conto, embora surpreenda o leitor.
No interessante, “Um escritor nasce e morre”, parece haver elementos autobiográficos, já que o narrador escreveu no jornalzinho do colégio assim como o próprio Drummond. Além disso, não deixa de ser irônico que o escritor narrador morra na década em que o grande escritor mineiro publica seus primeiros livros de poemas e entra na cena literária brasileira.
Se quando eu era adolescente, contos como “A doida”, — que nunca deixa de me emocionar — e “Presépio”, já me chamaram a atenção para a qualidade do texto drummondiano, hoje fiquei encantada com o último conto e com a singeleza das narrativas que têm crianças como personagem.
Nesse livro Drummond revela sua maestria em surpreender o leitor em todas as narrativas e por isso fiz uma breve análise de cada conto para não estragar o prazer da leitura de quem nunca teve contato com esse ótimo livro.