PARABÉNS, ZICO!!!

PARABÉNS, ZICO!!

No dia 3 de março, meu grande ídolo Zico faz aniversário. Esse texto é minha maneira de homenagear o maior jogador da história do Flamengo, que marcou 520 gols com o manto sagrado, além de 66 gols com a camisa da Seleção Brasileira.
Pelo Flamengo, o Galinho de Quintino conquistou sete Campeonatos Cariocas (72, 74, 78, 79, 79 Especial, 81, 86), quatro Campeonatos Brasileiros (80, 82, 83, 87), uma Taça Libertadores e um Mundial Interclubes em 81, entre outros títulos.
Zico tinha faro de artilheiro e não por acaso é o maior goleador da história do Maracanã. Foi artilheiro do Campeonato Carioca seis vezes e do Campeonato Brasileiro de 80 e de 82. Zico é um exemplo de jogador completo com uma visão de jogo extraordinária, sendo capaz de armar jogadas e dar passes geniais (tanto que foi eleito o melhor jogador da partida em que o Mengão derrotou o Liverpool por 3 a 0 e se tornou Campeão do Mundo em 81 mesmo estando marcado e sem ter feito gols), além de ser preciso e mortal nas lindas cobranças de falta, que tanto treinava.
São muitos os lances históricos e gols fantásticos da carreira do Galinho de Quintino. Vou destacar alguns que marcaram minha infância: o lindo passe para o primeiro gol de Nunes na decisão eletrizante do Campeonato Brasileiro de 80 contra o Atlético-MG, o segundo gol do Flamengo marcado por Zico na mesma final (vencida pelo Flamengo por 3 a 2 com outro gol de Nunes no final); os gols contra o Cobreloa, de virada e de falta na final da Libertadores de 81; os lançamentos milimétricos e geniais para Nunes no primeiro e no terceiro gols contra o Liverpool na decisão do Mundial de 81; a cobrança de falta perfeita contra a Escócia na Copa de 82; o gol contra o Santos na final do Brasileiro de 83 antes de ir para a Udinese; os três gols no 4 a 1 contra o Fluminense em 1986, após a séria contusão no joelho; o golaço contra a Iugoslávia, em que Zico driblou meio time adversário e o gol de calcanhar quando o Galinho defendeu o Kashima Antlers.
Além de toda essa genialidade, Zico exercia no Flamengo uma posição de liderança dentro de campo tanto que era o capitão daquele timaço do Flamengo dos anos 80: Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Tita, Zico, Nunes e Lico. Mas Zico não é presunçoso, jogava para o time e pelo time, treinava muito e até hoje é um profissional dedicado.
Outra marca do Galinho é a perseverança e a garra com que enfrenta as adversidades e desafios.
Lendo sua autobiografia, Zico conta sua história,e o livro de Roberto Assaf e Roger Garcia , Zico 50 anos de futebol, fiquei sabendo da maratona diária enfrentada por meu ídolo para ir de Quintino à Gávea e ainda para o Centro para poder estudar, além do programa de musculação e alimentação que ele seguiu para ganhar massa muscular. Zico queria tanto ser jogador de futebol que encarou tudo isso. E foi por esse mesmo amor ao futebol e ao Flamengo que o eterno camisa 10 da Gávea enfrentou a grave contusão no joelho e o longo período de recuperação para voltar a jogar.
Sem falar que depois de já ser um jogador consagrado no Brasil e na Itália e de se despedir no Flamengo numa linda festa em 1990, Zico ainda teve motivação para um novo desafio: contribuir decisivamente para a profissionalização do futebol no Japão e virar ídolo na Terra do Sol Nascente.
Nunca vou me esquecer do dia em que junto com um grupo de torcedores do Flamengo consegui realizar meu sonho de conhecer o Galinho e ter um manto sagrado autografado por ele!!! Foi emocionante poder falar com Zico e ver o carinho e paciência com que o craque atendeu a todos os torcedores no encontro no CFZ.
Parabéns, Zicão, por seu aniversário de 56 anos!! Muito obrigada mesmo por tudo que você fez pelo Flamengo e pelo futebol brasileiro. Tudo de bom para você e sua família. Desejo que você continue tendo muito sucesso e sorte na sua carreira como técnico. Um grande abraço, Renata.