Sempre quis conhecer Londres, grande capital
europeia, cheia de museus, monumentos, parques, teatros, praças, livrarias. Cidade
onde várias bandas de rock se formaram, como, por exemplo, o Dire Straits.
Vestindo
uma blusa de gola rolê vermelha e calça de moletom cinza pego um táxi e vou
para o Galeão, de onde voo para a capital britânica.
Que
felicidade incrível passear nas margens do Tâmisa mesmo com o dia frio e
nublado! Maravilhada, vejo o Palácio de Buckingham, a imponente Abadia de
Westminster, templo de coroação e casamento de reis e rainhas, o Parlamento inglês , o famoso Big Ben e a magnífica
Tower Bridge, os ônibus de dois andares.
Percebo
como é diferente andar numa cidade tomada pela aura misteriosa do fog e que
inspirou vários mestres como Connan Doyle e Dickens, que retratou o lado
industrial e pobre da cidade como ninguém.
Vou a
museus de Londres como a Tate Modern, onde fico intrigada com a arte
contemporânea, e a fantástica National Gallery, por onde dou um passeio pela
história da arte, indo do barroco ao impressionismo.
De
quebra, ando pela Trafelgar Square, praça histórica no centro de Londres e
cenário da canção Lions, da banda
Dire Straits, uma das minhas paixões desde a adolescência . Estou feliz como
nunca!!!
Vou até
a Charing Cross Road procurar livros de Shakespeare, Keats e Henry James e a
percorro como uma criança numa loja de brinquedos. No fim da tarde, paro numa casa
de chá londrina. Tudo é muito chique: mesas redondas com toalhas brancas de
linho e porcelana chinesa. Tomo o tradicional chá das cinco e me delicio com
bolinhos com creme.
Passei
também pela Piccadilly Circus e seu show de letreiros, bares e pela Shaftesbury
Avenue citada na bela canção Wild West
End e tomei uma coca-cola servida por uma garçonete misteriosa.
Falta
ir à Deptford para continuar a viagem pela história do Dire Straits.
Lá
chegando, vivo o momento mais emocionante da viagem ao ver o prédio com fachada
de tijolos onde a banda deu seus primeiros passos na dura estrada para fazer
sucesso. Edifício mágico e mitológico onde Mark Knopfler, John Illsley, David Knopfler
e Pick Withers moravam e também ensaiavam freneticamente.
Minha
imaginação voa longe e volta a 1977...
A banda
toca Down to Waterline e em seguida Sultans of Swing. Solos fascinantes que
me fazem viajar... Vestido de azul, Mark extrai da fender vermelha notas mágicas
que enchem a alma de alegria e prazer e revelam a sintonia perfeita com o irmão
David, que o acompanha na guitarra base. De camisa preta, John dita o ritmo da
canção arrasando no baixo e Pick, de branco, com batidas perfeitas na bateria, dá
ao conjunto o swing necessário para ganharem o mundo e darem a volta por cima.
Meu
coração salta do peito ao vislumbrá-los tão de perto. “Meus ídolos estão aqui!!
Nem acredito!!!,” penso. Queria falar com eles, mas a emoção é tanta que as
lágrimas encharcam meu rosto e me calo para não quebrar um momento tão sagrado
e irritar Mark. Nervos à flor da pele...
Nesse
exato momento, acordo no meu quarto cheio de livros e cds.
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