terça-feira, 9 de julho de 2013

Rita, meus irmãos e eu



Minha irmã adora Rita Lee. Desde pequena, escuto Rita Lee e Blitz graças à Maria Cândida.
Ficávamos dançando na frente do grande espelho da sala. Comíamos chocolate ou mascávamos chiclete tutti frutti e nos deliciávamos com Rita na antiga vitrola. Ficava intrigada ouvindo o som do rock sair do disco. Minha irmã já adulta sacolejava o cabelo castanho em Lança perfume e rebolava em Mal me quer. Adoro o piano no início da canção de abertura do disco. Baila comigo tem uma letra linda e contagiante. A letra quente e sensual de Shangri-la, que só entendi depois de adulta. Gosto de misto quente por influência da letra de Caso sério. Adoro o verso Não quero luxo nem lixo/Quero saúde para gozar no final de Nem luxo nem lixo.  A ironia de João ninguém e Orra meu.
Rita linda de branco na capa do álbum. A fada madrinha de cabelos cor de fogo que joga o pó da felicidade em mim e minha irmã, inoculando o vírus da música e a paixão pelo rock na ovelha rubro-negra na casa tricolor. Menina que se vestia com a blusa branca e saia xadrez vermelha e preta dada pela irmã para ouvir a Rainha do Rock Brasileiro, Blitz e Queen. Adoro Você não soube me amar, A dois passos do paraíso e Weekend. Irreverência que renovou o rock brasileiro tanto na banda de Evandro Mesquita quanto em Rita e Roberto.
Anos mais tarde ouvi com meu irmão mais velho as faixas do disco Fruto Proibido: Ovelha Negra — minha canção preferida de Rita —, Esse tal de Roque enrow , Agora só falta você e Cartão postal me marcaram muito! Que emoção quando achei o clássico álbum de capa rosa em cd nas Lojas Americanas muitos anos depois.
Rita Lee e meus irmãos me fizerem trilhar o caminho do rock. Na adolescência me apaixonei por Dire Straits por influência de meu irmão, mas essa já é outra história.


         

Nenhum comentário:

Postar um comentário