Minha
irmã adora Rita Lee. Desde pequena, escuto Rita Lee e Blitz graças à Maria
Cândida.
Ficávamos
dançando na frente do grande espelho da sala. Comíamos chocolate ou mascávamos
chiclete tutti frutti e nos deliciávamos com Rita na antiga vitrola. Ficava
intrigada ouvindo o som do rock sair do disco. Minha irmã já adulta sacolejava
o cabelo castanho em Lança perfume e
rebolava em Mal me quer. Adoro o
piano no início da canção de abertura do disco. Baila comigo tem uma letra linda e contagiante. A letra quente e
sensual de Shangri-la, que só entendi depois de adulta. Gosto de misto quente
por influência da letra de Caso sério. Adoro
o verso Não quero luxo nem lixo/Quero saúde para gozar no final de Nem luxo nem lixo. A ironia de João ninguém e Orra meu.
Rita
linda de branco na capa do álbum. A fada madrinha de cabelos cor de fogo que
joga o pó da felicidade em mim e minha irmã, inoculando o vírus da música e a
paixão pelo rock na ovelha rubro-negra na casa tricolor. Menina que se vestia
com a blusa branca e saia xadrez vermelha e preta dada pela irmã para ouvir a
Rainha do Rock Brasileiro, Blitz e Queen. Adoro Você não soube me amar, A
dois passos do paraíso e Weekend.
Irreverência que renovou o rock brasileiro tanto na banda de Evandro Mesquita
quanto em Rita e Roberto.
Anos
mais tarde ouvi com meu irmão mais velho as faixas do disco Fruto Proibido: Ovelha Negra — minha canção preferida de Rita —, Esse tal de Roque enrow , Agora só falta
você e Cartão postal me marcaram
muito! Que emoção quando achei o clássico álbum de capa rosa em cd nas Lojas
Americanas muitos anos depois.
Rita
Lee e meus irmãos me fizerem trilhar o caminho do rock. Na adolescência me
apaixonei por Dire Straits por influência de meu irmão, mas essa já é outra história.
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