domingo, 3 de março de 2013

Encontro com Rei Arthur


28 de maio de 2008
          Dia de céu azul e calor no Rio. Ansiosa, acordo e penso: “É hoje! Vou realizar meu sonho!!”
           À tarde, me visto de vermelho e preto. Acompanhada de minha irmã Cândida e minha empregada Elha, vou de carro à praia do Leblon encontrar o Moraes e outros sortudos torcedores do Flamengo. Afinal, de lá partimos para encontrar nosso maior ídolo no CFZ no Recreio.
          Moraes, organizador do encontro com Zico, orienta minha irmã quanto ao melhor caminho para chegarmos ao nosso destino. Eles decidem ir pela Avenida Niemeyer. A vista deslumbrante do mar me encanta, mas não diminui minha adrenalina.
          Passamos pela Barra num longo caminho até o Recreio e finalmente chegamos ao Centro de Futebol Zico.
          Encontro outros torcedores do Flamengo inclusive a jornalista Mary, que acabou se tornando minha amiga por também ser fã do Galinho e frequentar o antigo blog no site do nosso ídolo que nos permitia conversar com ele online.
          Meu coração dispara ao ver Zico vestindo uma camisa com listras finas azuis e bermuda jeans. Pacientemente e debaixo de sol forte, o grande craque atende a todos os torcedores com um sorriso no rosto e autografa uma infinidade de mantos sagrados e ainda nos dá de presente um exemplar de sua autobiografia. Generosidade e simpatia pura!
          Eu e os outros súditos do maior ídolo da história rubro-negra não resistimos e o ovacionamos:
— Zico!!! Zico!!!
Quando chega a minha vez de saudar o grande Rei Arthur, meu coração parece que vai sair pela boca e minha perna treme. Ele aperta minha mão e me pede calma. Impossível! Como num filme, revejo lances antológicos que marcaram minha infância: os golaços de falta como a folha seca contra a Escócia na copa de 82 e a cobrança perfeita contra o Cobreloa na decisão da Libertadores em 1981; o lançamento de mestre para Nunes no primeiro gol na decisão do Mundial Interclubes contra o Liverpool no mesmo ano, o gol contra o Santos na final do Brasileiro de 83, outro gol de falta na goleada contra o rival Fluminense em 1986... Com a voz embargada, digo:
—— Muito obrigada por tudo que fez pelo Mengão! Adorei a goleada de 4 a 1 sobre o Fluminense em 86!!!
Humilde, o grande craque brinca comigo e ainda me agradece por escrever no antigo blog do site Zico na Rede.
— Imagina, Zicão, quem tem que ser grata por tudo que você fez sou eu e toda a torcida do Flamengo!!!
Solícito, o grande camisa 10 da Gávea tira fotos com os torcedores, inclusive eu e minha empregada Elha, que somos flamenguistas de coração e até com minha irmã, que é tricolor.
Sinto vontade de gritar e de pular, mas como sou cadeirante, me contento em imaginar o salto no ar como o próprio Galinho fazia para comemorar seus gols! Um êxtase me invade! Nunca senti tamanha felicidade!!
Volto para casa levitando e com o coração a mil!!
Realizei meu maior sonho!!! Minha irmã, muito obrigada por ter me acompanhado ao CFZ!! Muito obrigada, Moraes! Muito obrigada, meu ídolo!!!!
Por isso, Zico eu não podia deixar de escrever esse texto no dia do seu aniversário de 60 anos! Muita saúde e paz sempre para você e sua família!






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