Adoro as narrativas da escritora carioca Ana Maria Machado. Comecei lendo História meio ao contrário na escola aos onze anos e gostei da história que brinca com o gênero dos contos de fada. Mas me apaixonei pela obra de Ana ao ler o romance A audácia dessa mulher, brilhante releitura de Dom Casmurro. Amante da leitura e da intertextualidade, adorei a narrativa em que Ana dialoga com Machado e mistura romance, diário e minissérie de tv. Magistral multiplicidade que encantaria Calvino e Barthes, orientador da tese de doutorado de Ana sobre Guimarães Rosa.
Li todos os romances da autora de tão encantada que fiquei com a naturalidade e maturidade da escrita de Ana. No romance histórico O mar nunca transborda, Ana reconta a história de um povoado no Espirito Santo da perspectiva de crianças, índios e mulheres e relê a história do Brasil e de sua família materna.
Em seu livro mais recente, Enquanto o dia não chega , Ana retoma o tema da colonização e formação do nosso país numa divertida história de quatro adolescentes: Bento, Manu, Caubi e Didi.
Uma história de miscigenação e luta pela liberdade cheia de surpresas e digna da obra desta grande escritora e defensora do direito de todos de ser livre e ter acesso à educação e à literatura.
Renata Bottino
ResponderExcluirIndago: posso publicar tua resenha no site da Cátedra UNESCO de Leitura?
No aguardo,
Antonio Carlos Ribeiro
Editor
antonio.reler@puc-rio.br
Pode publicar sim, Antonio. Sou ex-aluna da Profa Eliana Yunes e tenho muito prazer em colaborar com Cátedra. Renata
Excluir